Betty Gofman elogia Carla Diaz no BBB 21 e sinaliza retorno à 'Escolinha do Professor Raimundo'

Betty Gofman elogia Carla Diaz no BBB 21 e sinaliza retorno à 'Escolinha do Professor Raimundo'

Quando Betty Gofman falou sobre Carla Diaz no Big Brother Brasil 21, ninguém esperava que a conversa fosse além da telinha. Mas a atriz, de 55 anos na época, não se conteve: "Jacy criou Carine como filha. Carla também será sempre um pouco minha filha. Ela tem se mostrado madura e serena no reality, não decepcionou". A declaração, feita em fevereiro de 2021 ao jornal Extra, não era só um elogio — era um abraço de mãe, de atriz, de quem viveu juntos os altos e baixos de uma novela. Na época, ambas estavam sob os holofotes da Rede Globo: Gofman como Jacy em A Força do Querer, e Diaz como a sobrinha Carine, cuja relação de cuidado e proteção se estendia além da ficção.

Da novela ao reality: um laço que transcendeu a tela

A conexão entre Gofman e Diaz não era apenas profissional. Nos bastidores de A Força do Querer, a atriz mais experiente assumiu um papel de orientadora, quase materna. "Ela me ensinou a respirar entre as cenas", contou Diaz em entrevista posterior. E quando o reality show começou, o público viu algo raro: uma participante que não buscava polêmica, mas presença. Gofman, que já havia enfrentado o caos da mídia com papéis como a ingênua Eduarda em Ti Ti Ti (1985), reconheceu na jovem uma serenidade que poucos têm. "Nem todo mundo consegue manter a dignidade sob 24 câmeras", disse ela. "Ela não precisou gritar para ser ouvida".

Um sonho antigo: a volta da Escolinha

Mas o que realmente chamou atenção naquela entrevista foi o que veio depois. "É possível que voltemos a gravar no ano que vem. Está todo mundo saudoso e pedindo, elenco e telespectadores", afirmou Gofman, referindo-se à Escolinha do Professor Raimundo. Naquele momento, a Globo havia anunciado que a temporada de 2020 seria a última. O programa, que encerrou sua versão clássica em 2012 e retornou em 2020 com nova geração, era um símbolo da comédia brasileira. Gofman, que assumiu o papel de Dona Bela — personagem originalmente de Zezé Macedo —, não escondia o carinho pela tradição. Em um vídeo promocional do Globoplay, ela apareceu no uniforme da escolinha, com o cabelo grisalho e o olhar de quem sabe que está carregando um legado.

Uma carreira que não para

A atriz, nascida no Rio de Janeiro em 3 de março de 1965, tem mais de quatro décadas de trajetória. Estreou nos palcos do Teatro Tablado e da Casa das Artes de Laranjeiras, e nunca parou. De Cortina de Vidro (1989), onde foi protagonista, a Órfãos da Terra (2019), onde encarnou uma matriarca complexa, Gofman construiu um repertório de personagens marcantes. Ganhou o Prêmio Shell e foi indicada ao Guarani. Em 2022, integrou o elenco de Travessia, e em 2025, segundo o UOL Splash, voltou às telas em Êta Mundo Melhor! como Medéia — uma mulher que, após comer um mapa de diamantes, foi internada em um hospital psiquiátrico. Um final absurdo? Talvez. Mas perfeito para quem sempre soube brincar com o limite entre o real e o cômico. Por que isso importa?

Por que isso importa?

A declaração de Gofman não era só nostalgia. Era um sinal. Quando uma atriz da geração clássica da TV brasileira reconhece o talento de uma jovem no reality, e ao mesmo tempo sinaliza o retorno de um programa que marcou gerações, ela está dizendo algo mais profundo: a cultura popular ainda precisa de laços. De mentorias. De memória. A Escolinha do Professor Raimundo não era só risos — era crítica social disfarçada de piada. E se ela voltar, será porque o público sente falta de algo que o streaming não consegue replicar: um espaço coletivo, onde o humor une, e não divide.

O que vem a seguir?

Apesar da expectativa em 2021, a retomada da Escolinha do Professor Raimundo não aconteceu em 2022. Mas os rumores persistem. Em 2024, a Globo patenteou o nome da série com o termo "Nova Geração" — um sinal de que o projeto não foi abandonado. Gofman, que atualmente vive entre o Rio e São Paulo, continua em projetos independentes. E Carla Diaz? Atriz consolidada, já participou de novelas da Record e da SBT, mas nunca esqueceu o que aprendeu com a "tia". "Ela me ensinou que ser forte não é gritar. É manter a alma intacta", disse ela em 2023, durante um evento de homenagem à Gofman. Um legado em duas gerações

Um legado em duas gerações

O que une Gofman e Diaz não é só a ficção. É a transmissão de um jeito de ser na TV. Sem exibicionismo. Sem teatralidade vazia. Com respeito pelo ofício. E talvez, por isso, a ideia de uma nova temporada da Escolinha do Professor Raimundo não pareça só um desejo — pareça uma necessidade.

Frequently Asked Questions

Por que Betty Gofman se referiu a Carla Diaz como sua "sobrinha"?

Na novela A Força do Querer, Gofman interpretava Jacy, tia de Carine, personagem de Carla Diaz. A química entre elas foi tão forte nos bastidores que Gofman assumiu um papel de orientadora, quase materno. Ela usou o termo "sobrinha" não apenas por causa da trama, mas porque, na vida real, criou um vínculo afetivo com a jovem atriz, que ela considera parte da sua família artística.

Qual foi o papel de Betty Gofman na nova versão da Escolinha do Professor Raimundo?

Gofman assumiu o papel de Dona Bela, personagem originalmente interpretado pela saudosa Zezé Macedo. Ela estreou na nova versão em 2020, após a morte de Macedo, e foi aclamada por manter a essência da personagem — uma professora severa, mas carismática — sem imitar a versão anterior. Seu primeiro episódio foi exibido no Globoplay com um vídeo promocional que homenageou a tradição da Escolinha.

A Escolinha do Professor Raimundo realmente voltou após 2020?

Não houve nova temporada após 2020, apesar dos rumores e das declarações de Gofman em 2021. A Globo patenteou o nome "Nova Geração" em 2024, o que indica que o projeto ainda está em análise. A ausência de novos episódios se deve à mudança de prioridades da emissora e à dificuldade de replicar o sucesso da versão original sem Zezé Macedo e outros ícones.

Como Carla Diaz se saiu no BBB 21?

Carla Diaz foi uma das participantes mais respeitadas do BBB 21. Ela não participou de brigas nem buscou polêmicas, mas se destacou pela inteligência e empatia. Ficou entre os 10 finalistas e foi considerada pela crítica um dos grandes exemplos de maturidade no reality. Seu desempenho foi tão bem recebido que a imprensa a comparou a nomes como Mariana Rios e Tati Quebra Barraco — mas com um tom mais sereno e reflexivo.

Qual é o legado de Betty Gofman na TV brasileira?

Gofman é uma das atrizes mais versáteis da TV brasileira, com carreira que vai da comédia ao drama. Ficou famosa em Ti Ti Ti (1985), protagonizou Cortina de Vidro (1989), e encarnou personagens complexas em Órfãos da Terra e Travessia. Ganhou prêmios nacionais e internacionais, e é reconhecida por sua habilidade de transformar personagens secundários em marcos culturais — como Dona Bela e Jacy. Seu legado é a arte de atuar sem exageros, com profundidade e humanidade.

Comentários

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Willian de Andrade

novembro 4, 2025 AT 07:54
Carla no BBB foi pura classe, sem drama, sem grite. Foi isso que fez todo mundo se lembrar dela depois.
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Eduardo Mallmann

novembro 4, 2025 AT 11:37
A relação entre Betty Gofman e Carla Diaz transcende o entretenimento; é um exemplo raro de transmissão de sabedoria artística entre gerações, onde o respeito mútuo e a contenção emocional se tornam práticas estéticas. A mídia contemporânea carece profundamente de tais referências.
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Timothy Gill

novembro 5, 2025 AT 21:38
Escolinha voltando? Pode ser que a Globo queira vender nostalgia mas o público não quer mais piadas de tio e tia que falam errado e se acham engraçadas. O humor precisa evoluir ou morrer
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David Costa

novembro 7, 2025 AT 11:39
A Escolinha do Professor Raimundo foi mais que um programa de comédia, foi um espelho da sociedade brasileira. A figura do professor Raimundo, da Dona Bela, do Tio Barnabé - todos eram arquétipos que carregavam crítica social sob a máscara da risada. A ausência de algo assim hoje é uma lacuna cultural. O streaming oferece diversidade, mas não consolida identidade. A TV aberta ainda precisa de espaços onde o riso coletivo une, não fragmenta.
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Naira Guerra

novembro 8, 2025 AT 05:58
É triste ver como o público idolatra pessoas que não fazem nada de extraordinário só porque não gritam. Isso não é maturidade, é passividade disfarçada de virtude.
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Flávia Martins

novembro 8, 2025 AT 22:39
carla no bbb foi show mas cadê a gilberto gil falando sobre isso? acho q a escoinha deveria vir com os artistas da epoca q n ta mais vivo
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José Vitor Juninho

novembro 10, 2025 AT 11:29
É bonito ver como uma atriz experiente reconhece o talento de uma jovem sem precisar de palco ou câmera. Não foi só elogio, foi acolhimento. E isso, hoje em dia, é raro. A gente esquece que o ofício de atuar também é sobre cuidar do outro.
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Maria Luiza Luiza

novembro 11, 2025 AT 22:54
Ah, claro, a Escolinha vai voltar porque a Betty falou. E daí? A gente vai assistir de novo a um programa onde todo mundo fala errado e acha que é engraçado? Cadê o humor inteligente? Isso é nostalgia de quem não sabe o que é bom.
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Sayure D. Santos

novembro 12, 2025 AT 10:21
A retomada da Escolinha não é sobre o conteúdo, é sobre a epistemologia do riso coletivo. A TV brasileira precisa de dispositivos simbólicos que reafirmem a identidade cultural através da paródia institucionalizada. O streaming é fragmentado, a Escolinha era integrativa.
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Gustavo Junior

novembro 12, 2025 AT 20:59
Essa história toda é pura manipulação midiática. Betty falou isso porque queria manter o nome dela vivo, e a Globo patenteou o nome porque sabe que nostalgia vende. Carla não é talentosa, só foi bem editada. E a Escolinha? Era um lixo que a gente fingia que era clássico.

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